terça-feira, 25 de novembro de 2008

A heresia e a Verdade

"A parte de verdade que muitas doutrinas heréticas ainda admitem são sempre elementos estranhos a seus princípios gerais, que destes se vão desligando gradualmente até desaparecerem por completo."

(Fonte: "Legionário" n.º 90, 22 de novembro de 1931)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Retidão da alma

"A lucidez para perceber os grandes horizontes, as grandes crises e as grandes soluções, vem menos da penetração da inteligência do que da retidão da alma."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 26 de dezembro de 1971)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Falsa felicidade

"O poder e a riqueza de que não se sabe tirar proveito servem tão só para dar trabalho e produzir aflição."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 26 de dezembro de 1971)

"O que fazem os homens sempre que baixa a noite?"

"Uns correm para as orgias, outros afundam no sono. Outros, por fim — e quão poucos — fazem como os pastores. Vigiam, à espreita dos inimigos que saltam no escuro para agredir. Aprestam-se para lhes dar rudes combates. Oram com as vistas postas no céu escuro, e as almas confortadas pela certeza de que o sol raiará por fim, espancará todas as trevas, eliminará ou fará voltar a seus antros todos os inimigos que a escuridão acoberta e convida ao crime."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 26 de dezembro de 1971)

Insensibilidade

"Cada geração sofre de uma insensibilidade surpreendente para com os males de seu tempo."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 26 de dezembro de 1971)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Progresso torto

"Estamos assistindo aos estertores do progresso nascido nesta era do vapor e da eletricidade. Tal progresso, logo ao despontar, contestou o passado, atirando-se atropelada e irrefletidamente para o futuro. Por isto, saiu marcadamente torto. E porque ele é torto, geme hoje o mundo inteiro."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 19 de dezembro de 1971)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mão ungida que persegue a fé

"Para arrancar a fé da alma popular, a mão brutal e estúpida do sem-Deus é incomparavelmente menos eficiente do que a mão ungida, macia, jeitosa, do mau bispo, do mau padre, da freira degradada.

"Paralelamente, ninguém é mais eficiente para a propaganda do comunismo do que as pessoas consagradas a Cristo, quando se entregam à prevaricação. Se a Passionária ou Ana Pauker tivessem tido a esperteza de se fazerem freiras, teriam sido incomparavelmente mais úteis ao comunismo do que no papel de viragos vermelhas."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 26 de setembro de 1971)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fronteiras ideológicas

"Quem não vê, entretanto, que por detrás da fome e da tirania imperantes nos países marxistizados, há uma doutrina causadora de todo o mal, isto é, a de Marx? E quem não vê que, do outro lado, não haveria nenhum grau ou forma de prosperidade, se ainda não estivessem em prática — com deploráveis deformações embora — os princípios ensinados pelo Antigo e pelo Novo Testamento, há milênios, sobre a família, a propriedade, a iniciativa individual, o lucro etc.?
"Em última análise, a causa máxima da miséria do lado de lá é uma doutrina. E a inspiradora suprema de uma crescente fartura do lado de cá é uma doutrina também. — E não é doutrinária, essencialmente doutrinária, obviamente doutrinária, esta fronteira?

"Se não o é, se o império marxista não é essencialmente ideológico, pergunto como explicar que a Rússia mande tantos dólares, sem nenhuma compensação econômica, para manter o regime de Cuba? E por que tanto trabalha e gasta Fidel para exportar sua ideologia e sua miséria por toda a América?"

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 8 de agosto de 1971)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Valores

"Os grandes homens de outrora consideravam que as idéias valem mais do que a vida. Para o homem de hoje, a vida vale mais do que as idéias."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 1º de agosto de 1971)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A paz não é um bem supremo

"A causa da paz é um bem, um altíssimo bem. Não, porém, um bem supremo. E se o preço dela é a inércia ante a investida comunista, mais vale a pena lutar."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 1º de agosto de 1971)

Sapo

"(...) a palavra "sapo" é a única com que se designa, entre nós, certo tipo de burguês não comunista, mas entusiasta da apertura a sinistra."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 1º de agosto de 1971)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

"O comunismo renuncia de momento a dizimar as ovelhas, sob a condição de que todos os pastores sejam lobos escolhidos por lobos"

"O governo comunista procurou destruir a igreja russa [dita "ortodoxa"], não mais de fora para dentro mas de dentro para fora. Para isto, deu-lhe relativa liberdade e permitiu-lhe reorganizar-se. Mas, em compensação, impôs diversas condições. Destas, a mais característica consistiu em que os hierarcas "ortodoxos" fossem homens de confiança dos ateus do Kremlin. Isto eqüivale, para a igreja russa, à aceitação de um pacto: o comunismo renuncia de momento a dizimar as ovelhas, sob a condição de que todos os pastores sejam lobos escolhidos por lobos."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 25 de julho de 1971)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"É tão legítimo que a Igreja se defenda contra o heterodoxo quanto o Estado contra o invasor"

"A Igreja é uma sociedade espiritual, que se esteia em uma ortodoxia, como um Estado se fixa sobre um território. Transgredir os limites da ortodoxia é cometer contra a Igreja delito análogo ao que praticaria contra o Estado quem lhe violasse as fronteiras. É tão legítimo que a Igreja se defenda contra o heterodoxo quanto o Estado contra o invasor. E sendo a Igreja — repito — uma sociedade espiritual, normal é que ela utilize penas espirituais nessa legítima defesa. Uma delas é a destituição do transgressor da ortodoxia dos cargos que a confiança da Igreja lhe entregara".

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 18 de julho de 1971)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A opinião pública abre cada vez mais os olhos para a correlação entre as diversas ciências

"(...) em nossos dias vão ruindo as muralhas que o liberalismo e o positivismo haviam levantado entre estes diversos campos [ políticos, sociais ou econômicos tanto como os filosóficos ou religiosos]. A opinião pública vai abrindo sempre mais os olhos para as correlações por vezes subtis, mas sempre importantes. Que entre tais campos existem. E aos olhos do homem de hoje se vai tornando claro como o sol, que uma tomada de posição em sociologia, ou até em economia, impõe, em rigor de lógica, a aceitação de análoga posição em política e em moral. Ou seja, implicitamente, em filosofia ou até em religião."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 4 de julho de 1971)

domingo, 17 de agosto de 2008

Aturdimento, passo para a derrota

"O declínio da vontade de lutar já é a metade da derrota..."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 23 de maio de 1971)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Atonia diante da fartura de informações

"Impressiona-me um contraste. De um lado, as informações postas ao alcance do público jamais foram tão fartas. De outro lado, jamais este se sentiu — creio eu — tão átono e embaraçado diante delas."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 23 de maio de 1971)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Marxistas inadvertidos

"Reconhecer ao capital, enquanto fator de produção econômica, a grande importância que lhe cabe segundo as circunstâncias de nossos dias, nada mais justo. Mas proclamar, por esta forma, a absoluta superioridade da posse do dinheiro sobre todos ou quase todos os fatores intelectuais, religiosos ou morais de prestígio, não importa em colocar a economia como valor supremo? E não se cai assim, inadvertidamente, no marxismo?"

(Fonte: "Folha de S. Paulo, 9 de maio de 1971 )

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

"Um esforço de destruição clara ou de falseamento sub-reptício dos valores da civilização cristã"

"Nenhuma época do passado pode ou deve ser intocada. É sempre possível, por um movimento verdadeiramente progressivo, abolir defeitos e melhorar qualidades. Mas isto não basta, é preciso também que nós nos lembremos de que muitas das transformações instituídas no presente não representam um trabalho inteligente para depurar e fazer progredir as tradições que recebemos, mas, pelo contrário, constitui um esforço de destruição clara ou de falseamento sub-reptício dos valores da civilização cristã."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

"Temos um inimigo a atacar e um patrimônio a defender"

"Vivemos (...) dentro de um processus revolucionário que mina e corrói uma realidade gloriosa, isto é, a civilização cristã. Assim, portanto, temos um inimigo a atacar e um patrimônio a defender. O patrimônio é todo o imenso e inapreciável tesouro de tradições desses 20 séculos de civilização cristã que nós tivemos atrás de nós. Patrimônio esse que não deve ser considerado como um valor estático, mas ao qual pelo contrário, cada século foi dando o seu contributo. Também nós, pela nossa fidelidade e pela nossa vida acrescemos este glorioso acervo. Em face de nós está essa Revolução que é, justamente, o contrário de tudo que amamos. Nós a devemos atacar em todas as suas manifestações."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

"Nunca os inimigos da Igreja mostraram tanta coerência, tanta unidade de objetivos, e tanto rancor quanto em nossos dias"

"Vivemos em nossos dias em um processo revolucionário que, tendo começado com o Protestantismo e o Humanismo no século XVI, alcançou um triunfo universal pela Revolução Francesa no século XVIII e pela extensão dos princípios desta no mundo inteiro, no século XIX. Esse processo chega agora aos extremos de si mesmo na afirmação do comunismo. Nós estamos, portanto, no clímax de uma longa série de apostasia.

"Nisto está a marca dominante dos acontecimentos de nossos dias, e das circunstâncias dentro das quais a Igreja age, vive e luta atualmente. Em outras épocas, a Igreja também tem tido adversários a enfrentar. Nunca, talvez, – e nesse sentido são tão numerosas as citações pontifícias que eu me dispenso de as lembrar aqui – teve Ela que enfrentar uma tão profunda investida, que A ataque com tal furor em todos os pontos de Sua doutrina, de Seus costumes, de Suas instituições, e de Suas leis. Nunca seus inimigos mostraram tanta coerência, tanta unidade de objetivos, e tanto rancor quanto em nossos dias.

"Assim, e seja qual for o ângulo do qual vejamos o panorama hodierno, é preciso que coloquemos no centro de toda a nossa perspectiva esse fenômeno: a investida multisecular das forças do mal chegada hoje a seu paroxismo."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

A propriedade individual é uma injustiça decorrida da fraqueza de Deus?

"[É estranho] que certos católicos qualifiquem a propriedade individual como uma injustiça dos outros tempos, que a Igreja teve a fraqueza de apoiar, mas da qual deve dessolidarizar-se, a esta altura da evolução humana. Porventura foi, então, uma fraqueza de Deus afirmar a propriedade individual em dois mandamentos do decálogo, "não furtarás" e "não cobiçarás os bens do próximo"? E foi uma fraqueza de Nosso Senhor Jesus Cristo corroborar o decálogo para todo o sempre, afirmando que "enquanto não passar o céu e a terra, não desaparecerá da lei um só jota ou um só til" (S. Mateus, V, 18)?"

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 4 de abril de 1971)

Propriedade privada: um direito que nenhum Estado pode abolir

"[A] propriedade individual — com estas ou aquelas modificações acidentais — é apontada pelos documentos pontifícios como uma instituição decorrente da própria ordem natural das coisas, no que esta tem de fixo e invariável. Como uma instituição legítima, portanto, e que deve durar enquanto o mundo for mundo. Como um direito sagrado, decorrente para o homem do fato de ser homem. Um direito, pois, que nenhum Estado pode abolir sem entrar em frontal e gravíssimo conflito com a moral católica."

(fonte: "Folha de S. Paulo", 4 de abril de 1971)

"Porque este mistério?"

"O caso dos católicos contrários à propriedade privada (...) é estranhíssimo. Em primeiro lugar porque, em muitos deles a animadversão em relação à propriedade privada mais transparece do que aparece. Ou seja, mais ela filtra através de insinuações, de críticas veladas, de inesperadas conivências com a esquerda, do que se afirma de modo peremptório. — Porque este mistério? Se são a favor dela, por que jamais a defendem? Por que suas simpatias correm sempre para os que a atacam? E por que suas antipatias se voltam unicamente contra os que a defendem?"

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 4 de abril de 1971)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O marxismo vai tomando ares de sacristão

"Em nossos dias o marxismo vai tomando ares de sacristão, e procura inviscerar-se na Igreja para a conquistar. Reconhecendo-se fracassado nos 100 anos em que lutou contra Ela de fora para dentro, procura agora matá-la de dentro para fora."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 14 de março de 1971)

Missão dos leigos

"Por uma misteriosa afinidade as formas, os sons, as cores, os perfumes podem exprimir estados de espírito do homem. É necessário, pois, que reflitam estados de espírito virtuosos para a formação dos ambientes em que o homem encontre os recursos necessários para a sua santificação, imagens de Deus que lhe dêem o atrativo da virtude e o estimulem por essa forma a conhecer a ter apetência daquela beleza incriada de Deus que ele só verá face a face na glória dos céus.

"Organizar uma ordem temporal que assim forme as almas e as convide para o Céu, eis uma alta missão dos leigos vivendo no século. Claro está que tal ordem temporal teria uma consonância profunda com a Revelação, os ensinamentos e as leis da Igreja, bem como com os ditames da verdadeira ciência. Ela seria pois o Reinado de Jesus Cristo, o Reinado de Maria na terra.

"A esta altura podemos nos perguntar a nós mesmos: então, no nosso século em que consiste o serviço de Nossa Senhora? Consiste em salvar as almas, por todos os meios lícitos dentre os quais queremos acentuar este: tomar todas as coisas, ordená-las dentro desse espírito e construir a cultura e a civilização cristã. Pois que uma e outra, sob certo aspecto, não são senão a disposição das coisas de maneira que elas sejam nesta vida o reflexo de Deus e orientem as almas para a vida eterna. Estar consagrado a Nossa Senhora e serví-La é sustentar, é promover e defender contra os seus adversários, a cultura e a civilização comparáveis àquela pérola preciosa que o homem deve procurar vendendo todas as coisas que tenha: cultura e civilização que são aquela paz na terra prometida aos homens de boa vontade pelos Anjos de Belém, a única paz de Cristo no reinado de Maria."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

sábado, 26 de julho de 2008

Cultura e Instrução

"Diz-se de uma pessoa que leu muito, que é muito culta, pelo menos comparativamente a outra que lê pouco. E, entre duas pessoas que leram muito, a que mais leu presume-se ser a mais culta. Como de si a instrução aprimora o espírito, é natural que, salvo razões em contrário, se repute mais culto quem for mais lido. O perigo de um erro neste assunto nasce do fato de que muitas pessoas simplificam inadvertidamente as noções e chegam a considerar a cultura como mera resultante da quantidade de livros lidos. Erro palmar, pois a leitura é proveitosa, não tanto em função da quantidade como da qualidade dos livros lidos, e principalmente em função da qualidade de quem lê, e do modo por que lê.

"Em outros termos, em tese a leitura pode fazer homens instruídos: tomamos aqui a palavra instrução no sentido de mera informação. Mas uma pessoa muito lida, muito instruída, ou seja, informada de muitos fatos ou noções de interesse científico, histórico ou artístico, pode ser bem menos culta do que outra de cabedal informativo menor.

"É que a instrução só aprimora o espírito em toda a medida do possível, quando seguida de uma assimilação profunda, resultante de acurada reflexão. E por isto quem leu pouco, mas assimilou muito, é mais culto do que quem leu muito e assimilou pouco. Em via de regra, por exemplo, um guia de museu é muito instruído dos objetos que deve mostrar aos visitantes. Mas não raras vezes ele é pouco culto: limita-se a decorar, e não procura assimilar."

(Fonte: Revista "Catolicismo", n° 51, março de 1955)

O céu

"Há no firmamento uma variedade de aspectos que vem desde a aurora até a noite posta, de maneira tal que oferece um quadro encantador, primaveril, matutino na aurora, depois vem ganhando em colorido, em força, e em majestade até chegar à gloriosa plenitude do meio dia. Em seguida ele se vai esvaindo lentamente até chegar às tristezas do crepúsculo e por fim ele toma o seu aspecto noturno. Este se conserva mais ou menos contínuo e imóvel até os primeiros clarões da aurora. Há, assim ao longo do dia uma harmoniosa sucessão de aparências que vão dos primórdios ao apogeu, e deste à decadência, num processo de progresso e retrocesso, ciclo de aspectos variados que o céu percorre."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

O Mar

"O modo porque ele [o mar] se "comporta" na praia é igualmente variado. Às vezes, o mar chega à terra célere e ofegante, outras vezes caminha para ela tardio e preguiçoso, em ondas que se movem languidamente. E outras vezes, por fim, parece tão completamente parado que se diria quase que ele se contenta em ver a terra sem tocá-la."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

"Faça uma experiência, leitor"

"Leitor, faça uma experiência. Procure algum sacerdote, ou leigo católico, hostil à TFP, e pergunte-lhe se estou com a verdade ao afirmar que o comunismo, ainda quando apenas econômico, é contrário à doutrina da Igreja. Se ele for bem esperto, desconversará, dizendo que está muito ocupado no momento, que responderá à sua pergunta depois etc. Se ele for menos esperto, desconversará também, mas de modo inábil, isto é, soltando uma torrente de imprecações contra a TFP. Se ele for bobo, dirá que estou errado.

"Neste caso, peça-lhe que me escreva, interpelando-me com toda a energia, ou desmentindo-me peremptoriamente.

"Por mim acho que, ainda que ele seja bobo, não o fará... e bem sabe por que.

"Em todo caso, faça uma experiência, leitor."

(Fonte: "Folha de S. Paulo", 7 de março de 1971)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

"Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe"

"O vínculo da obediência ao Sucessor de Pedro, que jamais romperemos, que amamos com o mais profundo de nossa alma, ao qual tributamos o melhor de nosso amor, esse vínculo nós o osculamos no momento mesmo em que, triturados pela dor, afirmamos a nossa posição. E de joelhos, fitando com veneração a figura de S.S. o Papa Paulo VI, nós lhe manifestamos toda a nossa fidelidade.

"Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe."

(Fonte: "Folha de S. Paulo"; 10 de abril de 1974; "A política de distensão do Vaticano com os governos comunistas. Para a TFP: omitir-se? ou resistir?")

quinta-feira, 24 de julho de 2008

"Ordenar para Deus os valores do século"

"Não se trata, para nós, de evitar as coisas do século, enquanto tais, não se trata para nós de fugir para uma Tebaida ou para o recesso sagrado de uma Ordem estritamente contemplativa, nem sequer de vivermos a vida conventual numa Ordem consagrada ao apostolado externo. Trata-se, para nós, isto sim, de estarmos dentro do século e de ordenarmos para Deus os valores do século que foram criados para Ele e dos quais se deve exigir que Lhe dêem glória. Trata-se de comunicar a esses valores o seu verdadeiro caráter cristão."

(Fonte: "Mensageiro do Carmelo", Ano XLVII – Edição especial – 1959 - Conferência proferida em São Paulo, no dia 15 de novembro de 1958, durante o Congresso da Ordem Terceira do Carmo)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Falsa paz: a tranqüilidade da vergonha sob a vara de ferro da impiedade

"Em matéria de guerra, só quero a legítima defesa.

"Quanto à paz, que Santo Agostinho definiu como a tranqüilidade da ordem, tenho-a em conta de um bem inapreciável. Dela disse Nosso Senhor Jesus Cristo: "Eu vos deixo a minha paz. Eu vos dou a minha paz" (São João, 14, 27). É a paz de Cristo no Reino de Cristo. Amo-a, pois, de todo o coração.

"E por isto detesto, também de todo o coração o contrário dela: a tranqüilidade da vergonha sob a vara de ferro da impiedade."

(Fonte: Folha de São Paulo, 7 de fevereiro de 1971)

A Igreja é a grande moralizadora dos povos

"O século XX vota um culto supersticioso ao Estado, de quem espera a solução para a crise contemporânea. Mas ele, por si só, não está em condições de solucioná-la. A Igreja é a grande moralizadora dos povos."

(Fonte: "Folha da Noite", 1° de outubro de 1935)

O Santo Natal foi o primeiro dia de vida da civilização cristã

"Considerando os fatos numa vasta perspectiva histórica, o Santo Natal foi o primeiro dia de vida da civilização cristã. Vida ainda germinativa e incipiente, como os primeiros clarões do sol que nasce; mas vida que já continha em si todos os elementos incomparavelmente ricos, da esplendida maturidade a que se destinava."

(Fonte: Catolicismo Nº 24 - Dezembro de 1952)